quarta-feira, 22 de junho de 2016

CONTO DE FADA

JOÃO E MARIA

Num casebre próximo de uma floresta, João e Maria moravam com o pai, um humilde, lenhador, e a madrasta deles.
Todos passavam por grandes dificuldades naquela época. Vendo o desespero do pai, a madrasta sugeriu a ele que abandonassem as crianças na floresta, pois, de qualquer forma, não tinham o que comer.
Triste o pai concordou.  
Mas ela não contava com a esperteza de João que, ao ouvir a conversa, guardou pedrinhas nos bolsos e marcou o caminho de volta. Porém, numa segunda tentativa da madrasta, eles se perderam.
Com medo e sozinhos, eles caminharam muito, até que avistaram uma pequena casa. Que surpresa! A casa era toda feita de doces.
Famintos como estavam, começaram a comer. 
Foi então que chegou a dona da casa: Uma velha e malvada bruxa, que prendeu João num porão cheio de baldes com pedras preciosas e pôs Maria para fazer os serviços da casa.
Mas sua intenção era “ENGORDAR” o menino para depois comê-lo.
A bruxa pediu a Maria que acendesse o forno, naquele momento, com muita coragem, ela esperou a velha se aproximar e empurrou-a para dentro do forno.
Fugiram depressa para bem longe dali. Depois de muito procurar, finalmente encontraram o caminho de casa. 
Ao vê-los, o pai pediu perdão e explicou que a madrasta havia ido embora.
João entregou ao pai algumas pedras preciosas que pegara na casa da bruxa.
Com o dinheiro da venda das pedras, os três recomeçaram a vida e foram muito felizes.

LENDA DA IARA



ATIVIDADE PARA TRABALHAR LENDA NA EDUCAÇÃO INFANTIL



  FÁBULA:A CIGARRA E A FORMIGA


Uma vez, ao chegar o inverno, uma cigarra que estava morta de fome se aproximou à porta de um formigueiro pedindo comida. Ao seu pedido, as formigas responderam fazendo a seguinte pergunta:
- Por que durante o verão você não fez uma reserva de alimentos como a gente fez?
A cigarra respondeu:
- Estive cantando alegremente o tempo todo e desfrutando do verão plenamente. Se soubesse como seria duro o inverno...! 
As formigas lhe disseram:
- Enquanto a gente trabalhou duro durante o verão para ter as provisões e poder passar o inverno tranquilamente, você perdia o tempo todo cantando. Assim, que agora... Continue cantando e dançando!
Mas as formigas sentiram pena pela situação e entenderam que a cigarra tinha aprendido a lição e compartilharam o seu alimento com ela.

Moral da história: Quem quiser passar bem pelo inverno, enquanto for jovem, deve aproveitar melhor o tempo. Existe tempo para se divertir e para trabalhar.


Ler por prazer é o X da questão

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Freqüentador do projeto de incentivo à leitura coordenado pelo Centro Educacional Kaffehuset Friele, em Poços de Caldas, MG: transformando jovens em apaixonados por livros. Foto: Marcos Rosa
Frequentador do projeto de incentivo à leitura coordenado pelo Centro Educacional Kaffehuset Friele, em Poços de Caldas, MG: transformando jovens em apaixonados por livros. Foto: Marcos Rosa
Correr os olhos pelos livros dispostos numa prateleira, escolher um deles e dirigir-se à poltrona mais próxima, seja na biblioteca, na livraria ou na sala de casa. Melhor ainda: deixar-se escolher por uma obra literária. À medida que as páginas são viradas, o leitor se vê transportado para uma espécie de realidade paralela - um mundo inteiramente novo, repleto de descobertas, encantamento e diversão. Pouco importa se quem lê é criança, jovem ou adulto. Menos ainda se o que está sendo lido é poesia, romance ou um livro de auto-ajuda. O que realmente interessa é a cumplicidade entre o leitor e a obra, alicerçada no prazer que só a leitura é capaz de proporcionar.
Ler por prazer é o X da questão. Há quem leia, por exemplo, apenas para se informar, dedicando regulamente algumas horas de seu precioso tempo a jornais e revistas - como você, caro leitor, está fazendo neste exato momento. Trata-se de um hábito mais que saudável, a ser preservado e disseminado, e de suma importância na chamada "sociedade da informação" em que vivemos. Mas ele não necessariamente irá transformar você num apaixonado pela palavra escrita. Da mesma forma, a leitura para estudar, parte da rotina nas salas de aula, tem suas funções pedagógicas, mas não faz despertar a paixão pela literatura. Quem descobre prazer numa obra literária nunca mais pára de ler. Quando chega ao fim de um livro, já está louco para abrir o próximo. E só tem a ganhar com isso.
O papel da escola é fundamental nesse processo. E quem melhor que o professor para despertar em seus alunos o prazer da leitura? São muitas as atividades que podem ser desenvolvidas em sala de aula com esse objetivo. "Promover um debate, por exemplo, para discutir cenas ou situações presentes num livro que acaba de ser lido pela turma é uma prática importante e muitas vezes esquecida", afirma a educadora Maria José Nóbrega. O problema é que o profissional de educação nem sempre conta com os recursos necessários para concretizar essas atividades, ou simplesmente não sabe como implementá-las.
Quando a escola não cumpre esse papel, ganham relevância os inúmeros projetos de fomento à leitura espalhados pelo Brasil, tema desta edição especial de NOVA ESCOLA. Num país que ainda sofre com deficiências no ensino público e com o alto índice de analfabetos funcionais (aqueles que, embora tenham aprendido a decodificar a escrita, não desenvolveram a habilidade de interpretação de texto), qualquer iniciativa que vise a transformar brasileiros em leitores é extremamente bem-vinda.

Fonte: http://novaescola.org.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/x-questao-423887.shtml

Leitura cura tudo
Gabriel Perissé
ESCRITO POR GABRIEL PERISSÉ   
SEGUNDA, 30 DE JUNHO DE 2008


Leitura cura tudo. É bom para tudo, tudo ajuda, faz de tudo.

Trabalha todas as dimensões intelectuais. Exercita a atenção, a memória recente, a conexão entre fatos e experiências passadas, a linguagem, a imaginação, a capacidade de prever, a capacidade de interpretar, a intuição.

A leitura nos cura do dogmatismo e do ceticismo, do medo e da temeridade, do sentimentalismo e da insensibilidade, da falta de assunto e da verborragia, da indecisão e do fanatismo, da arrogância e da timidez.

Leitura faz bem para os músculos, para os ossos, para os olhos, para os ouvidos, para a queda de cabelo, para os rins, para os intestinos, para as juntas, para as costas, para as pernas, para os pés, para as mãos, para os dedos, para as unhas, para tudo.

Ler resolve problemas de visão, de solidão, de falta de recreação, de impotência, de sonolência, de implicância, de amargura, de cabeça dura, de alergia a fritura, de incultura, de postura, melhora a temperatura, aumenta a estatura, cola as fissuras, cura qualquer gastura, queima todas as gorduras.

Durante a leitura o leitor esquece as torturas da vida, recupera o amor à vida, dá vida a novas idéias, revive vidas passadas, prevê vidas futuras, comunica vida à vida mesma.

A cada leitura o leitor sai de si, reencontra-se, dá a volta ao mundo, mergulha oceanos, perfura a terra, entra em órbita, engole nuvens, desafia o Sol, abraça a lua... E tudo isso sem sair do lugar.

O leitor que lê bebe o leite, bebe o vinho, bebe o café do vizinho, bebe a cerveja, bebe de todos os rios, bebe cicuta, bebe uísque, bebe muito, bebe e cala, bebe e ouve, bebe tudo e continua sóbrio.

Leitura, sobretudo, é remédio para todos os males.

Cura dor de cotovelo, dor aguda, dor cansada, dor surda, dor crônica, dor romântica, dor poética, dor dramática, dor trágica, dor da mente, dor demente, dor da alma, dor de barriga, dor de cabeça, dor de dente, dor de peito, dor que nada respeita, dor difusa, dor confusa, dor fantasma, dor fina, dor grossa, dor incausada, dor ousada, dor para todos os gostos e lamentos.

Leitura cura tudo. E, claro, cura até mesmo o maior de todos os problemas. Cura a própria falta de leitura! Quem lê torna-se incuravelmente leitor. Isto afirmo sem o menor exagero.

Gabriel Perissé é doutor em educação pela USP e escritor.

 Fonte: Website: http://www.perisse.com.br/

terça-feira, 21 de junho de 2016

CONHECENDO OS GÊNEROS PARA TRABALHAR A LITERATURA INFANTIL 




Quando se fala em literatura para ser trabalhada com crianças, normalmente, surge a  como matéria-prima principal e, mais comumente dentro dela, o conto. No entanto, perde-se muito em riqueza de estilo, imaginação e criatividade por não se trabalhar outros estilos.
Claro, convém, antes de ser trabalhado o texto, observar critérios de interesse, contexto, maturidade dos alunos. Trabalhar com um texto, não é impor, longe disso.
Mesmo assim, para trabalhar com o gênero da narrativa e com o intuito de mapear o estilo, podem ser observados alguns pontos de referência que propiciam uma escolha mais consciente do texto:

Gêneros da Literatura Infantil – Narrativa

 Quanto à estrutura:

Narrativa:

  1. Mito atemporal, explica o gênese de forma não racional;
  2.                                        
  3. Lenda –  tem base histórica. Idealização e exageração da realidade. Criação coletiva do povo;
  4.                                          
  5. Fábula – texto curto em que, geralmente, animais falam. Traz uma moral ao final;
  6.                                           
  7. Apólogo – semelhante à fábula, mas diferem em razão das personagens serem objetos inanimados;
  8.                                           
  9. Conto – narrativa curta e sintética, ação única, conjunto restrito de personagens, pouco acontecimentos;
  10.                                              
  11. Crônica – texto narrativo curto, trata de assuntos do cotidiano, senso de observação. Tratamento lírico. Cria um identificação imediata com o leitor. Efemeridade.
  12.                                          
  13. Novela – Várias ações simultâneas. Desenvolvimento linear da narrativa. Grande número de personagens. Repetição e previsibilidade. Picos de suspense.
  14.                                      

 Quanto à temática:

A abordagem é que é o toque especial quanto ao público infantil, assim, são os temas que mais vão prender a atenção:
  1. Cotidiano;
  2. Aventura;
  3. Sentimentos infantis.

Quanto aos personagens:

A reflexão do pensamento da criança diante desses temas será primária, levada a efeito pela fantasia.
  1. Fadas;
  2. Animais;
  3. Crianças;
  4. Jovens;
  5. Adultos;
  6. Extraterrestres;
  7. Bruxas;
  8. Símbolos e alegorias;
  9. Plantas;
  10. Elementos da natureza;
  11. Idosos.

 Quanto aos efeitos:

  1. Suspense – gera ansiedade e expectativa;
  2. Humor;
  3. Terror;
  4. Lirismo;
  5. Conhecimento;
  6. Ludismo – pintar, desenhar, recortar, montar, cenários e personagens, maquetes;
  7. Afeto.

Fonte: Conhecendo os gêneros para trabalhar a literatura infantil - Livros e Afins http://livroseafins.com/conhecendo-os-generos-para-trabalhar-a-literatura-infantil/#ixzz4CEJkUDax